segunda-feira, 23 de maio de 2011

As traduções ficam cada vez mais transparentes.
Mas faltam palavras pra sentimentos indecífraveis.
Me falta ar pra dizer o que sinto.
Me falta coragem pra fazer o que quero.
Me sobra vontade de fazer o que não posso.
Quero parte do mundo que ainda não me pertence.
E ainda sim não quero tirar um pedaço de ninguém.
Só quero ser inteira, completa com partes minhas.
Não posso evitar o desejo, mas posso apagar o fogo.
Posso fingir que não existe pro mundo lá fora.
Por que tudo jorra pra dentro.
Um mito, amor.
Uma falha na verdade.
Verdade não falha, não finge.
Interpreta-se como quer.
Inventa-se o que quiser.
Faz o que controla, e nem sempre controla o que faz.
Solta e corre, voraz vontade um dia escorre.
E mancha, escracha e tudo está aí.
Confuso, contraditório, relapso.
Música, abraços, flash´s, vontade e tá lá... A cena!
Encena que não foi verdade.
Ato de vaidade, medo, falta de coragem. Covardia!
Covarde falta de sentir.
Boicota o sentimento, deixa passar o tempo.
Deixa levar com o vento.
Se joga, se atola na própria vontade que fica na mente.
Lembranças...
São poucas e tantas, vagas, fortes, vezes chulas, se anula!
Pensamentos se vão, fatos não.
Arriscar, persistir...
Vagar nos próprios sentimentos
Mata aos poucos, é lento.
Lenta volta do que não foi feito.
Pensar, vezes é fazer.
Agir, é sim querer.
Nem sempre o que foi visto e sim o que foi vivido.
Sem julgar, sem falar, sem você.
Só sentir... Sentir e querer.