quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Prosa II

Tô velha
Tô mala
Tô broxa
Tudo em mim estrala
Tô caçando na TV, algum trêm que dê pra vê
Não faz sentido
Não faz história
Não dá sapiência
Não dá existência a ninguém que a tê
Lá nem tem ocê

Versos velhos
Tons de trigo
Um abrigo dentro de mim
Me escala, minha escola, me aquece, me dá prazê
Minha sede, meus sentidos, os meus riso são procê

Não tem graca nem um dia, se meus olhos não olhá os olhos teu

Que me fere
Que me pira
Que me cansa
Que me inspira
Que me peça
Uma fresta, que me dê
Uma história
Uma mentira
Uma veste
E você

Quero tanto


Um aperto tão grande
Uma saudade tão intensa
A vontade tão imensa

Que me lança pra longe
Que te traz pra perto
Acontece o inverso do que sonhei

Não te traduzir
Ao me seduzir
Só te receber
Quando quer me ter

Sem te questionar
Sem muito pensar
Me desfaço
Ao se aproximar de mim

Eu me jogo
Só quando estou longe percebo
O mal que me faz
Ao sentir demais assim

Diz que não pra mim
Eu não consigo negar
Só te digo sim
Pra me aproximar

Fico sem escolhas
E a cada gesto me desfaço
No abraço
Do seu lado
Posso enfim morar


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Oração

Que o tempo possa rugir
E que eu possa provar cada instante
Que a saudade aperte
E que eu possa mata-la na mesma intensidade
Que o coração morra de amor
E que eu sinta, enquanto ele bater
Que as coisas ruins passem por mim
E que eu possa aprender com as rasteiras que elas me derem
Que o mundo me enlouqueça
E que eu possa ver ele girar, até que o meu não gire mais
Que eu ganhe todos os abraços
E que eu possa retribuí-los com o mesmo calor
Que sol queime minha péle
E que eu entenda que a proteção tem que ser dia a dia
Que eu tenha o perdão
E que eu seja o perdão, até nas feridas mais profundas
Que eu tenha paz
E que eu possa multiplica-la
Que eu seja amor
E que eu ame tudo e todos, porque assim a vida fica mais gostosa
Que eu sinta tudo
E que eu entenda que sentir é viver
Que eu me despedasse
E que eu junte os cacos de um jeito mais bonito
Que eu me apaixone
Todos os dias
Que meu sorriso seja permanente
E que eu consiga mante-lo mesmo com os olhos mareados
Que minha fé seja incurável
Porque com ela, eu posso tudo

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ah... paixão

Afogado na ansiedade
Censurado pelo receio
Transtornado pela saudade
Coração partido ao meio

Com vontade de tudo e nada
Sem palavras pra poder dizer
Que eu largo o mundo inteiro
Pra ficar eu e você

Tão cansado da metade
Tão cansado dos porquês
Tão cansado da vontade
É só o que eu posso ter

Me joguei de novo
Arrisquei sem jogo
Me entreguei sem pensar
Me despi dos pensamentos
Que podiam me afastar

Fui viver sem medo algum
Me peguei apaixonado
Nos meus sonhos mais bonitos
Eu te tenho ao meu lado

Estou explodindo
Expelindo saudade
Te querendo toda hora
Me entregando a vontade

Pra mim é pouco
O que você dá pra mim é nada
Eu espero mais que o pouco
Esse pouco de palavras

Tô cansado do sufoco
De te ver se desviando
Do caminho quase louco
Que me deixa sem ter planos

Me perdi na paixão
E segui nessa estrada
Logo por você
Que não se encontra em quase nada

Não tenho medo de amar
Não tenho medo de estar apaixonado
Tenho medo quando fujo
Quando eu fico calado

Eu não gosto do que é morno
Eu só quero coisa quente
Os seus passos estão sem graça
Não me deixam nem contente

Minha vida vou seguindo
Com o coração na mão
Se eu for, pobre da menina
Que roubou meu coração

Eu não olharei para trás
Não vou querer mais beijos seus
Vou preferir o mundo
A olhar nos olhos teus

A paixão me joga ao vento
Nada mais importa em mim
Eu respiro a paixão
Com teu cheiro de jasmim

Isso pira o meu mundo
Gira... gira... feito bola na ladeira
Quero você e minha viola
Pra viver a vida inteira

Os meus versos são bonitos
Como tudo é passageiro
Eu te quero nesse dia
Amanhã o mundo inteiro

Joga o jogo se quiser
Eu não jogo com a vida
O que eu quero é viver
Eu também tenho feridas

Quero versos fortes
Quero grandes sentimentos
Quero o que me tira o chão
O amor me dá sustento

Ao sentir me sinto vivo
Estou doando um coração
Me conter é impossível
Vou vivendo de paixão

Quero mais é me expressar
Gosto de correr perigo
Me jogo ao vento
Vem, se joga comigo

Adrenalina, drena o sangue
Ferve o peito sem ter dó
Atiça o corpo
Rouba pensamentos
Faz do coração um nó

O que você me dá é pouco
O seu raciocínio é lento
O meu coração é louco
Não quero mais perder meu tempo

Eu sou a contradição
Sou poeta apaixonado
Eu te dei meu coração
E não te tenho ao meu lado

Não sou oco
Não sou nada
Eu sou tempestade em mim
Não sou vago
Sou inteiro
Se tenho você em mim

Eu sou gestos
Eu sou puro
Turbilhão de sentimentos
Eu sou tudo e tudo é nada
Viciado em sentimentos

Me devolva por inteiro
E eu vou juntar os cacos
Vou contar ao mundo inteiro
Que te tive em meus braços

E quando bater saudades
Eu vou sempre me lembrar
Dos seus olhos
Seu sorriso
E então eu vou chorar

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Prosa

Eu senti aquele dia
A quentura de um vulcao
Fiquei louco, apaixonado
E te dei meu coracao

Nunca fui tantos sentimentos
Nunca deixei voar o tempo
Nunca parei para contar os segundos
Nunca tirei os pés do chão

Mas quando te vi sorrindo
Vi o mundo se abrindo
Nem deu tempo de esconder o coração

Você me roubou de mim
E então se fez assim
Essa nossa canção

Uma lágrima caiu
Enxugou meu coracao
Viu as aguás que caiam pra molhar o meu refrão

Então vi num outro dia
O abandono de um sorriso
E se foi o meu amor
Vou pra quê ficar sorrindo?

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por inteiro

Como se não bastasse a dificuldade de sentir
Me vem a dificuldade na relação
Você encontra um coração interessante
Ele vem com bagagem, com passado, com dúvidas, receios
Peço paciência, e a tenho
Tenho que dar tempo ao tempo, e dou
Tem que ter compreensão, compreendo
Cansei
Não quero a metade de nada
Não quero meias verdades
Não quero meias metades
Não quero meia paixão
Não quero seguir metade do caminho
Digo não a ilusão
Sou  inteira, completa com partes minhas
Tenho sal e açucar
Sou feliz sozinha
Meu coração tem o amor próprio
E eu quero esse amor que vem de fora
Se parte a maça, não coma metade
Leva tudo, ou vá embora

domingo, 18 de setembro de 2011

Foi

Eu pediria pra você ficar
Mas antes que eu dissesse você sumiu no nevoeiro
Como nuvem que dissipa no vento

Fiquei como passageiro sem carona
Ao relento
Só esqueceu de te esquecer meus pensamentos

A qualquer sinal de amor eu fujo
Como diabo foge da cruz
Como alma negra foge da luz
Como viajante foge de um porto seguro
Como apego foge do orgulho

Não entendi qual foi sua desilusão
Não entendi porque vagou meu coração

Eu te queria ao lado meu
Acho que tinha paixão
Por mais que mostrasse aos poucos
Por um minuto ou mais um pouco
Era teu meu coração

Me entrego devagar
Porque ainda não sei amar sem ficar louco

Chorei sua partida
Por não me dar despedida
Nem a chance de dizer adeus
Por sumir sem dar motivos
Sem olhar nos olhos meus

Espero que não me ame
Não te quero um castigo

Quem sai calado corre o risco de sofrer
Perigo
Se foi sem destino aparente
Não me deixa contente saber

Quem sai sem destino leva na bagagem a própria sombra
Senti mais luz e gostei do prazer

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Evolução

Quando conseguimos nos despir da vaidade, deixando pra trás o "apego a imagem física", coisas superficiais, nos concentrarmos na saúde do espírito e na nossa missão nessa vida...
Passamos a ter uma vida mais simples e feliz.
A partir daí o mundo pode nos encher de rótulos, e gritar mil coisas a nosso respeito, que nada vai mudar.
Porque quando nos conhecemos a fundo, deixamos de ser e passamos a existir!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ela é feliz...

...e ama as coisas mais simples
E acredita que tudo pode dar certo
E pensa positivo pra atrair boas energias
Conversa e ouve com paciência até as histórias mais banais
Acredita em contos de fadas
Tem uma visão doce
E mesmo depois de dar tropeções acredita que o próximo tombo vai doer menos  e menos...
Então se arrisca, arrisca e arrisca de novo.
Sem medo aparente
Sempre contente...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

As traduções ficam cada vez mais transparentes.
Mas faltam palavras pra sentimentos indecífraveis.
Me falta ar pra dizer o que sinto.
Me falta coragem pra fazer o que quero.
Me sobra vontade de fazer o que não posso.
Quero parte do mundo que ainda não me pertence.
E ainda sim não quero tirar um pedaço de ninguém.
Só quero ser inteira, completa com partes minhas.
Não posso evitar o desejo, mas posso apagar o fogo.
Posso fingir que não existe pro mundo lá fora.
Por que tudo jorra pra dentro.
Um mito, amor.
Uma falha na verdade.
Verdade não falha, não finge.
Interpreta-se como quer.
Inventa-se o que quiser.
Faz o que controla, e nem sempre controla o que faz.
Solta e corre, voraz vontade um dia escorre.
E mancha, escracha e tudo está aí.
Confuso, contraditório, relapso.
Música, abraços, flash´s, vontade e tá lá... A cena!
Encena que não foi verdade.
Ato de vaidade, medo, falta de coragem. Covardia!
Covarde falta de sentir.
Boicota o sentimento, deixa passar o tempo.
Deixa levar com o vento.
Se joga, se atola na própria vontade que fica na mente.
Lembranças...
São poucas e tantas, vagas, fortes, vezes chulas, se anula!
Pensamentos se vão, fatos não.
Arriscar, persistir...
Vagar nos próprios sentimentos
Mata aos poucos, é lento.
Lenta volta do que não foi feito.
Pensar, vezes é fazer.
Agir, é sim querer.
Nem sempre o que foi visto e sim o que foi vivido.
Sem julgar, sem falar, sem você.
Só sentir... Sentir e querer.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Passos

Não tenha medo de dar o primeiro passo.
Se for preciso, dê o segundo também.
Se perceber que está caminhando sozinho, pare por aí, e procure uma nova estrada.
Só caminhe de mãos dadas com quem quer caminhar também.
Seu coração foi feito para suportar as suas dores, e para amar os seus amores.
Não roube a vivência de ninguém, por mais que a intenção seja boa, cada um tem na vida a história que precisa viver.

*

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Transcritos em meus versos os pedidos
Os gritos de socorro
Pois eu morro, a cada vontade escondida
Viver perdida
é o jeito mais difícil de ver a vida passar