sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Senti-dos

Porque quando libertam as notas musicais, da madeira, da voz, do som... elas voam pelo ar, tomam conta de todos os sentidos, ecoam em todo lugar, não existe problema, não existe mais dor, o mundo fica lindo, repleto de cor... por alguns minutos e algumas notas me sinto longe do chão, é como sonhar acordado...
É como ansiar o refrão...

Se foi o breu
Quebra o silêncio
Explode os poros com arrepio
Toca como mãos suaves
Voa como lindas aves
Dà á  vida um refrão
Ouça minha fé, sente minhas notas
E o meu cantar não será em vão

Em cada tom em cada som, uma intenção segue com a brisa pra um destino. E sem certezas ou fim certo, o vento revela a cada um com seu cada qual as verdadeiras sensações que a musica lhe deu.
Pra você, pra o mundo e eu.

Tenha fé, música é oração
Espalha bons sentimentos
À paz, da voz
Dá vida a música
União dos instrumentos
Dá cordas a nós
Espalha amor
Adeus a lamentação
Se faz tudo isso, sorrio
O meu cantar não é em vão

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Que a felicidade se estenda a todos os meus lados...

Para frente,
e os que cruzem meu caminho
sejam encharcados de gozo
Porque um-só-riso é um sorriso sozinho


Para trás,
e os que verem minhas costas
sintam saudade se lembrem do que foi bom
e saibam que nunca é tarde pra voltar


Para os lados,
e os que esbarrarem em meus braços
usem a força somente pra trabalho e amor


Para cima,
porque eu não me basto
Não contenho e transbordo

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pra tudo

Pra necessidade, o ar
Pra vontade, o agir
Para os olhos, encantar
Para o descer, subir

Para o desejo, o ato
Pra se real, o fato
Para o querer, me quer
Para te ter, mulher

Para o nascer, crescer
Para a saudade, o abraço
Para o amor, um laço
Para você, sou fácil
Você me dá, pedaços

Para o inteiro, um terço
Para o certo, avesso
Para a paz, sem guerra
Para plantar, a terra

Para beleza, a flor
Pra incerteza, não vou
Para arder, o coração
Pra ilusão, um vão
Para a saudade, paixão

Para palavra, a letra
E o rancor, esqueça
Para saúde, o pra sempre
Pra o sorriso, contente

Para o contrário, inverso

Para o errado, o certo
Para a vida, a sorte
Para tristeza, a morte
Pra meu amor, te ter
Pra o infinito, você

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Confusões                          confusões                                confusões...

Você consegue me entender?

                          Consegue me entender?

Consegue?

                                      Se não.

Consegue me esquecer?

                                  Me esquece?

Aquecida como debaixo das cobertas numa noite fria de chuva.
Era como eu me sentia!
Criança esperando o presente de Natal.
Era como eu me sentia!
Rindo a toa na rua, cara de paixão, contando os segundos pra matar a saudade.
Era assim que eu me sentia...
Até você mudar o rumo, e me fazer perder o prumo,
mais uma vez...
Eu vou te deixar.
Sim, eu vou...
Vou tentar.
Farei meu coração calar, de vez!
E se não funcionar, eu vou viver...
Tentando não pensar, em não pensar em você.
E se eu não conseguir deixar de lembrar...
Vou sofrer.
Mas sem esperar que você mude o rumo de novo.
Meu coração por sofrer, saiu do jogo!

                                                           Tic tac Tic tac Tic tac... TIC!

 E vem saudade...
                  E vem vontade...
                                        A cabeça pira...
                                                             Nada tapa o buraco...

                                                  Telefone toca... TriiiiiiiiIIIInnnnn...

                                        (o coração parece bateria de escola de samba)


                                                      - Alô? Oi... hãm... hãm...
                                                Tá bom, tó meu coração de volta!
                                                   Só você preenche esse buraco.
                                           Se partir meu coração de novo tudo bem...
                                                     Já aprendi juntar os cacos!

Era um perfil

Quando aprendi a olhar pra dentro de mim, comecei a entender muito mais o mundo lá fora.Quando aprendi a traduzir meus pensamentos em palavras, pude respeitar com muito mais paciência tudo o que não me cabe.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Distante

O arrepio, o fogo, o desejo em dobro
O contraste das cores, a vontade, as dores
O desejo, o querer, de saber te ter
O adorar, o calar, ao pensar em você
O falar, a falta, me atrasa o medo
Meu sentir, agora, não é mais segredo

A saudade, o sufoco, a vontade de você
Esses dias se arrastam, não consigo te esquecer
Devaneios, devastando, o meu corpo e meus sentidos
Eu te tenho, nos meus planos
Sim, sou louco e sem juízo

Dois A's, duas curvas, dois corpos, nuances
Ao meus olhos, são perfeitos, eu te quero ao meu alcance
A distância que dissipa por um tempo as imagens
Me atiça, e machuca, me transtorna os pensamentos
Vem me nina, me acalma, dá pra mim seus sentimentos

Ah saudade...
Ah vontade que me faz
Olhar pra o horizonte feito bobo
Te querendo sempre mais

.  . .

sábado, 7 de janeiro de 2012

A hora certa do ponto final

Momentos delicados
Onde o céu fica cinza
As cores dos olhos são as mesmas
As nuvens permecem no lugar

Não tem vento
Não tem som
Não tenho voz
Só silêncio, silêncio em nós

Todos aqueles momentos de busca e de conhecimento
Passam a não servir de nada
Quando as relações, tornam-se relativas
Baseadas em interesse
E o interessante passa a ser o novo
E o novo passa a trazer segredos
E os segredos passam a fazer jogo
Mas o amor não é brinquedo

Toda a compreensão vazou
Toda a bajulação cesou
Todo aquele apego cedeu
Toda a cumplicidade voou
Todo aquele céu era seu

Quando o que for perfeito passar, vai lembrar e reviver
Todos aqueles momentos de paz
Era a paz, eu e você

Mas nada nesse mundo permanece intocavel
O ser humano muda quando quer revidar
Quando se sente inseguro
Quando não sabe na verdade o que é amar

A insegurança te tortura e temo em saber
O que passa, quais são suas loucuras
Não quero mais te entender

Não é desistência
Tão pouco orgulho
É simples, sinto que deu
Pra preservar o que resta
Viro as costas, vou embora, adeus