eu quero um canto encantado
quero uma quieta inquietude
um calmo acelerado
o jajá nesse instante
o muito do pouco
o corpo arrepiado no calor
voar em ventos leves
que demore e seja breve
que o tempo voe devagar
que o ódio saiba amar
embalar o silêncio em notas musicais
definir indefinidos ideais
sonhos reais com pálpebras erguidas
sentido sem horas sem idas
colorir o preto e branco
um mar sem sal
ar livre e abrigo
o bem sem mal
pimenta que arde sem sofrer
cebola que faz chorar sem arder
amor pra amar sem doer
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
sobre as minhas sementes
toda a ambiguidade da vida se expõe
quando se vive a instabilidade material
física
entende-se nos extremos
nos excessos
nos limites
conhece-se realmente o impalpável que habita em cada um de nós
quando o palpável deixa de ser o primeiro ponto que se busca
e é então quando a magia começa a acontecer
começamos a enxergar a linha tênue que divide o "eu" real do "eu" que tecemos a partir do que o mundo nos "nos faz querer"
se olharmos fundo... precisamos de tão menos do que imaginamos
descobri que a vida vai além
que a felicidade não se baseia no que toco
e sim no que sou tocada
pois só posso atingir aquilo que me faz sentir
mesmo que seja sutil como gotas de orvalho
a alma sente a sutileza a kilometros de distância
entenda o que realmente busca
em geral tudo que está ao redor
só é proveitoso se somar com o que vem de dentro
se você não sabe o que habita em seu interior
tão pouco vai poder aproveitar o que o mundo (externo) pode te dar
sem perceber comecei então
uma viagem
pra dentro de mim
quando se vive a instabilidade material
física
entende-se nos extremos
nos excessos
nos limites
conhece-se realmente o impalpável que habita em cada um de nós
quando o palpável deixa de ser o primeiro ponto que se busca
e é então quando a magia começa a acontecer
começamos a enxergar a linha tênue que divide o "eu" real do "eu" que tecemos a partir do que o mundo nos "nos faz querer"
se olharmos fundo... precisamos de tão menos do que imaginamos
descobri que a vida vai além
que a felicidade não se baseia no que toco
e sim no que sou tocada
pois só posso atingir aquilo que me faz sentir
mesmo que seja sutil como gotas de orvalho
a alma sente a sutileza a kilometros de distância
entenda o que realmente busca
em geral tudo que está ao redor
só é proveitoso se somar com o que vem de dentro
se você não sabe o que habita em seu interior
tão pouco vai poder aproveitar o que o mundo (externo) pode te dar
sem perceber comecei então
uma viagem
pra dentro de mim
terça-feira, 22 de setembro de 2015
23.01.2014
através da luz
um reflexo vejo
dos teus olhos mirando meu perfil
até o céu que aqui sempre cinza ao te ver tão linda se abriu
sua presença me chama
como se houvesse um interfone tocando o coração
entendi
era saudade
encontrei os postit's com mensagens de amor e um bilhete com a nossa canção
um reflexo vejo
dos teus olhos mirando meu perfil
até o céu que aqui sempre cinza ao te ver tão linda se abriu
sua presença me chama
como se houvesse um interfone tocando o coração
entendi
era saudade
encontrei os postit's com mensagens de amor e um bilhete com a nossa canção
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
depois do grito primal
tenho sentido uma vontade louca de gritar
e então eu grito
pra dentro
calo
emudeço
me ouço e me contento
com meu grito
em silêncio
entre tantas outras descobri a sós
que meu peito
escuta mais
do que mil ouvidos
e por isso
talvez
você não entenda
nenhuma palavra dessa canção
pra ouvir minhas notas
pra sentir o meu ritmo
precisa mais do que dois ouvidos
e um coração
.
alma
e então eu grito
pra dentro
calo
emudeço
me ouço e me contento
com meu grito
em silêncio
entre tantas outras descobri a sós
que meu peito
escuta mais
do que mil ouvidos
e por isso
talvez
você não entenda
nenhuma palavra dessa canção
pra ouvir minhas notas
pra sentir o meu ritmo
precisa mais do que dois ouvidos
e um coração
.
alma
sábado, 1 de agosto de 2015
até que seja pérola
coração acelerado
respiração ofegante
estômago no fundo
ao fundo, aquela música triste
trilha sonora vindo da casa do vizinho
alta, e tristemente perfeita
que nem ela teria escolhido melhor
as malas pesadas
as pegadas lentas e leves
como de quem não quer ir embora
e quer ao mesmo tempo
pensando que ao descer
vai deixar no elevador toda essa dor e sofrimento
para se sentir melhor ela pensa em tudo que existe no mundo
a fome
a desigualdade social
cantarola por dentro como se quisesse calar a triste trilha perfeita
mas nem Rosa de Iroshima a fez sentir melhor ou pior
a dor é egoísta
nada no mundo parece mais importante do quê esta ficando pra trás
e o que esta sobrando por dentro
ela caminha sem olhar pra trás
com vontade de voltar correndo e chorando
mas ainda não se pode voltar ao passado
porque hoje, mesmo que não fosse embora, nada mais seria como antes
nada mais voltaria a ser como era
seu lugar
não existia mais ali
ela se foi por não caber
sem ter pra onde ir ficou um longo tempo espremida dentro da própria existência
tentando não deixar escapar nenhuma faísca de dentro
porque ela não tinha mais lugar
nenhum lugar além do próprio corpo
por longos meses encolheu-se dentro de sua concha
alimentando o coração com boas lembranças
e isso a fazia sentir viva
mentiras sinceras de si mesma
a interessava
até que as lembranças passaram a não ser o bastante
o sorriso não tirava a falta do toque
o abraço não convencia de que estava tudo bem
e então eles não fingiam mais
só restou amor e medo
mas essa combinação é explosiva
e queima de dentro pra fora
amor e coragem constroem
no mais só se vê tijolos caindo
então ao sair do elevador ela sentiu um misto de tristeza e alívio
era mais fácil sofrer onde se pudesse chorar
sem ninguém se sentir responsável por isso
então ela se foi
caminhou até se sentir oca
em sua nova casa encontrou espaço
e ainda sim
se manteve dentro de sua concha
respiração ofegante
estômago no fundo
ao fundo, aquela música triste
trilha sonora vindo da casa do vizinho
alta, e tristemente perfeita
que nem ela teria escolhido melhor
as malas pesadas
as pegadas lentas e leves
como de quem não quer ir embora
e quer ao mesmo tempo
pensando que ao descer
vai deixar no elevador toda essa dor e sofrimento
para se sentir melhor ela pensa em tudo que existe no mundo
a fome
a desigualdade social
cantarola por dentro como se quisesse calar a triste trilha perfeita
mas nem Rosa de Iroshima a fez sentir melhor ou pior
a dor é egoísta
nada no mundo parece mais importante do quê esta ficando pra trás
e o que esta sobrando por dentro
ela caminha sem olhar pra trás
com vontade de voltar correndo e chorando
mas ainda não se pode voltar ao passado
porque hoje, mesmo que não fosse embora, nada mais seria como antes
nada mais voltaria a ser como era
seu lugar
não existia mais ali
ela se foi por não caber
sem ter pra onde ir ficou um longo tempo espremida dentro da própria existência
tentando não deixar escapar nenhuma faísca de dentro
porque ela não tinha mais lugar
nenhum lugar além do próprio corpo
por longos meses encolheu-se dentro de sua concha
alimentando o coração com boas lembranças
e isso a fazia sentir viva
mentiras sinceras de si mesma
a interessava
até que as lembranças passaram a não ser o bastante
o sorriso não tirava a falta do toque
o abraço não convencia de que estava tudo bem
e então eles não fingiam mais
só restou amor e medo
mas essa combinação é explosiva
e queima de dentro pra fora
amor e coragem constroem
no mais só se vê tijolos caindo
então ao sair do elevador ela sentiu um misto de tristeza e alívio
era mais fácil sofrer onde se pudesse chorar
sem ninguém se sentir responsável por isso
então ela se foi
caminhou até se sentir oca
em sua nova casa encontrou espaço
e ainda sim
se manteve dentro de sua concha
quinta-feira, 23 de julho de 2015
a partir de ti
ao partir a mim
ao partir ao mar
regressei ao primeiro rio que me gerou
voltei ao primeiro mar que me lançou
com o corpo encolhido
mas não tinha mais o liquido quente a me abraçar
meu corpo envolto em meu cobertor
meu travesseiro me aconchega
lembrei meu peito o que é desaguar
a salgar os olhos
a encharcar a face
me desfiz em mar
não desfiz o amar
partir o amar
é virar mar de amor
sem porto seguro
a alma
vazia
só
se lança em alto mar
pras ondas
um dia
levarem a dor
lavarem o amor
renascer-ar
ao partir a mim
ao partir ao mar
regressei ao primeiro rio que me gerou
voltei ao primeiro mar que me lançou
com o corpo encolhido
mas não tinha mais o liquido quente a me abraçar
meu corpo envolto em meu cobertor
meu travesseiro me aconchega
lembrei meu peito o que é desaguar
a salgar os olhos
a encharcar a face
me desfiz em mar
não desfiz o amar
partir o amar
é virar mar de amor
sem porto seguro
a alma
vazia
só
se lança em alto mar
pras ondas
um dia
levarem a dor
lavarem o amor
renascer-ar
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