"existe algum lugar onde o sol e o seu coração são só um"
e o meu vai brilhar
quando for iluminado pela luz do seu sorriso
e eu não for causar tempestade no nosso horizonte
e se eu te perder que seja pra voar bem alto
e feliz
e se eu puder te amar
que eu possa respeitar o seu gingado
que eu entenda que não é jogo
que eu me permita ser amado
mesmo quando tiver medo
do tamanho do sentimento
e do buraco que ele pode deixar
se você for um dia
se você se for feliz
que o espaço que ficar seja enfeitado
de um amor bem amado
construído por nós dois
o maior em mim é bom
eu não quero encobri-lo com bagagens que carrego
aqui dentro
bem dentro
bem fundo
e dizer tudo assim parece vão
ficou um vão no meu peito
finquei a dor no seu peito
eu
eu não soube cuidar
quando o que eu mais queria
chegou em mim
o amor
que eu quero
amar
há mar
em
mim
terça-feira, 25 de julho de 2017
segunda-feira, 17 de julho de 2017
por olhar
é fácil amar tomar sopa
e cair de boca
quando nunca queimou a língua
é fácil amar as flores
quando nunca
se deu ao trabalho de plantar
é fácil amar comer caqui
quando nunca abocanhou
um verde
e amarrou a boca
é fácil ser amável
com amor
que não convive
é fácil ser feliz
quando só se relaciona
com quem cede
e não tem sede
de ser saciado
é fácil ser confiante
quando o mundo não existe
para além
do próprio umbigo
.
não é fácil ser real
e cair de boca
quando nunca queimou a língua
é fácil amar as flores
quando nunca
se deu ao trabalho de plantar
é fácil amar comer caqui
quando nunca abocanhou
um verde
e amarrou a boca
é fácil ser amável
com amor
que não convive
é fácil ser feliz
quando só se relaciona
com quem cede
e não tem sede
de ser saciado
é fácil ser confiante
quando o mundo não existe
para além
do próprio umbigo
.
não é fácil ser real
intensa a pedra
aportei meu pranto
reparei meu peito
e hoje
não tenho medo
de me emocionar
aparei as arestas
queimei o lixo
pra não ter volta
e
me voltei pra mim
eu soou
sou fogo
sou terra
sou água
sem ar
sou minha
na entrega intensa
me perco no mar
o fogo me arde
a terra me aporta
eu danço
não sei nadar
sou boa nos mergulhos profundos
caminho em águas rasas
o tempo e a oferta de amor
eu te abri a porta
não tranquei o trinco
a janela se abre pra ventilar
se não sabe ser hóspede
de um cômodo
no meu mundo
não vai ser lar
reparei meu peito
e hoje
não tenho medo
de me emocionar
aparei as arestas
queimei o lixo
pra não ter volta
e
me voltei pra mim
eu soou
sou fogo
sou terra
sou água
sem ar
sou minha
na entrega intensa
me perco no mar
o fogo me arde
a terra me aporta
eu danço
não sei nadar
sou boa nos mergulhos profundos
caminho em águas rasas
o tempo e a oferta de amor
eu te abri a porta
não tranquei o trinco
a janela se abre pra ventilar
se não sabe ser hóspede
de um cômodo
no meu mundo
não vai ser lar
sábado, 25 de fevereiro de 2017
fragmentos sem gosto de uma vida sem saudade
a náusea que me toca
a ausência da saudade
no lugar a falta
sobra falta e falta saudade
que acalma o carma que arma a alma
acalma alma minha
calma minha alma
minha- só -minha
entre-linhas
dentre-as-linhas-minhas
só-linhas
só-minhas
sozinhas
solos
transcendentais
os tais
ignoram a química
afastam o corpo da pele
uma da outra - outra sem uma
como coisas diferentes
a real
é que tudo era uma coisa só
ao separar tornou-as duas metades
duas partes ensossas e pálidas
pois só se circula o sangue onde duas partes são um inteiro
e inteiras correm juntas
lado a lado
menos uma
menos muito
um ventrículo
não bombeia
afogo seus cactos
afogo seus cactos
inundo seu mundo com água doce
docemente
minto
tem sal
afogo seus cactos
banho teu mundo numa água tenra e quente
gelo
tua espinha dorsal
afogo teus cactos
molho e esfrego teus espinhos até que amoleça
por entre me us de dos
por entre as per nas
a pedra en tre nós
afogo cactos
afago cacos
ao fogo dou água e lenha
e queima
e brasa
a asas
e voou
afogo teus cactos
não sei viver a contar gotas
programo regas
de vez em vez dou conta, não
se tens limites mergulhados em medo
afaste-se em tempo
de não salivar
uma gota é o suficiente
pra inundar o fogo em mente
e eu transbordar
afogo seus cactos
.
afago seu corpo
.
incêndio em água
.
de cacto te faço flor
inundo seu mundo com água doce
docemente
minto
tem sal
afogo seus cactos
banho teu mundo numa água tenra e quente
gelo
tua espinha dorsal
afogo teus cactos
molho e esfrego teus espinhos até que amoleça
por entre me us de dos
por entre as per nas
a pedra en tre nós
afogo cactos
afago cacos
ao fogo dou água e lenha
e queima
e brasa
a asas
e voou
afogo teus cactos
não sei viver a contar gotas
programo regas
de vez em vez dou conta, não
se tens limites mergulhados em medo
afaste-se em tempo
de não salivar
uma gota é o suficiente
pra inundar o fogo em mente
e eu transbordar
afogo seus cactos
.
afago seu corpo
.
incêndio em água
.
de cacto te faço flor
sábado, 11 de fevereiro de 2017
desnorte-ar
pedes para dizer o que penso
quando não posso mostrar o que sinto.
é como pedir para o mar que se adoce
porque águas doces não fazem arder os olhos
Eu ardo!
quando não posso mostrar o que sinto.
é como pedir para o mar que se adoce
porque águas doces não fazem arder os olhos
Eu ardo!
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