segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Não tem nome

Te ter e não ter amor, é pior do que ser só.
Amar e não ter amor a mim, é ter um triste fim.
O triste de acabar, é não ver o fim de amar.
E quando acaba sem fim de sentimento, é pedir pra ter tormento.
De ver o amor passar e não poder o sentir como sentia, porque nada mais é como queria.
Ser impulsivo, e tornar-se impotente.
Ser sensitivo, e podar os sentidos.
Ser sempre louco, e sentir-se são.
Ser transparente, e virar segredo.
Ser o que é, sem ser o mesmo.
Ter emoção e ter que toma-lá por razão.
Fazer da saudade a realidade.
Querer ter amor, e só ter a vontade.
Viver intensamente, e ver toda a intensidade vazar.
Querer voar, e sentir os pés presos ao chão
Sentir que amou em vão.
Sempre falar com propriedade, e de repente perder toda a vaidade pra pedir o amor de volta.
Ver o orgulho ir sem volta, e chorar como criança por não ter o que queria.
Olhar para o lado e não encontrar nada além da esperança que não vai embora.
É viver esperando o dia seguinte. 
É sonhar com que esse dia seja como todos os outros que passaram, porque lá tinha o coração inteiro.
É ter medo de não amar mais, de não sentir mais, de não permitir-se.
Inconscientemente a gente se obriga a viver as margens do passado.
A distância, a indiferença, intensifica tanto quanto confunde.
E quando o tempo passa, e muitas coisas começam a contecer, a gente pensa:
Ainda é amor?
É só saudades?
É desejo, vontade... ou só medo de não ser feliz assim outra vez?
À todos que viveram essas passagens.
Libertem-se do talvez.
O mundo está cheio de corações inteiros e partidos, esperando pra amar outra vez.

4 comentários:

  1. parabéns mari, um ótimo texto eu acho fantástico como você consegue encaixar as palavras no sentimento e vice-versa.
    Como diria meu velho Nietzsche:
    "Amo aquilo que nos torna mais do que somos!"
    mas no fundo mesmo eu chego até a pensar que as pessoas amam o sentimento e não o ser amado.
    Até.

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  2. Cara Mari

    Fiquei encantado com seu texto.Quem te vê a primeira olhada imagina mundos e fundos,imagina tudo, menos o melhor que há em você.
    Quem te olha vê boca,corpo,cheiro,cor,pele,menos,o que ha realmente em você.
    Quem te olha a primeira vez não vê doçura,ternura,carência,medo,garra,luta,dor....
    Quem te olha pela primeira nunca ira ver que este texto esta ai em você,nos seus olhos,no seu suspiro,em cada pedacinho da suas palavras.
    Quem te vê pela primeira vê apenas corpo onde nós vemos alma.....bjssss

    Jairo mora

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  3. Sábias palavras! Amei o texto e já te disse uma vez no twitter que vc escrevia bem, então só p/ reiterar, continuo achando isso! Então por favor, escreva mais rs ;). Se vc permitir passarei aqui mais vezes p/ ler! Hehehe.
    Também gostei mto do que o Jairo escreveu a seu respeito! Te conheço mto pouco ou quase nada, mas pelo pouco que vejo e leio, quero de dar os parabéns por ser quem vc é e pela simpatia de sempre!!!
    Bjuss

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  4. Tão difícil quantificar como entender o que é o amor de verdade.
    Gostoso ler e seguir concordando com a cabeça...gostoso porque eu me identifico, não por gostar de já ter me sentido assim. Cruzes!
    Coração burro da porra!

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